Com uma recente e traumática crise financeira na bagagem, o atual mercado profissional se faz mais exigente na origem e na forma de criação dos futuros profissionais. Já os atuais, diante de todos os últimos acontecimentos, foram postos em xeque e seus estudos desvalorizados por suas práticas e atitudes. Tais profissionais atuavam motivados exclusivamente pelo lucro e o sucesso financeiro. Agindo assim, sem medir as consequências e o “tamanho dos passos” deu-se a crise mundial de 2008 nas mãos e nos colos de profissionais muito bem formados, experientes e capacitados.
Desta forma, os cursos de administração vêm mudando suas grades curriculares e, assim, a forma de criar os futuros líderes. Segundo o Diretor acadêmico do Instituto de Desenvolvimento Educacional da FGV-EAESP, Carlos Osmar Bertero, os cursos de administração, a partir de 1960, visavam formar analistas exatos e precisos em finanças e matemática. “Mas o que falta nos administradores são as softs skills, ou seja, saber liderar, se comunicar com diversos grupos, estimular as pessoas, ser ético” - afirma. Por outro lado, o Diretor ainda afirma que possíveis mudanças nas escolas de administração acontecerão aos poucos e que tudo ainda depende de superar a compartimentalização do ensino. “Os cursos de administração são compartimentalizados em gestão de pessoas, finanças, vendas, operações, estratégias, etc. Ou seja, não há muita relação entre os cursos. Por outro lado, na vida real, os problemas de uma empresa surgem simultaneamente”.
Assim, a tendência provável é que se invistam mais em soft skills, nas habilidades não técnicas do futuro líder sobre questões como sustentabilidade, responsabilidade social, ética, entre outras. Dessa forma, por meio deste novo modelo de educação na administração, teremos líderes e profissionais capazes de controlar e até evitar qualquer ímpeto agressivo de uma crise mundial, tal como a que ainda nos deixa más lembranças.
Fonte da imagem: Revista Visão Juridica
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