Em matéria publicada no “O Estado de São Paulo” em 26/07, Danilo Miranda, 68, ex-aluno da FGV-EAESP, e atual presidente do SESC, afirma: “Não acho que tudo antigamente era melhor”. Na matéria intitulada como: “Reflexões. Coisas que eu queria saber aos 21” Miranda ressalta sua experiência vivida durante seu amadurecimento e formação com base nas questões sociais e da juventude apresentadas na época.
Sobre tais questões ele lembra: “Era um momento em que sonhos de transformações sociais eram fortes. Sentia um compromisso com a melhoria de vida, da sociedade, que obviamente tinha a ver com o quadro político.”
Quando tinha 21 anos, em 64, Miranda era seminarista em Itaci. Sobre essa escolha ele diz: “Preferi seguir o caminho religioso para contribuir com as mudanças. Sempre vi a religião como uma maneira de atuar servindo aos outros”. Nesta época, mais especificamente em março, quando estava recolhido no seminário, ele ficou sabendo de uma revolução que ocorrera - a qual em sua opinião era mais uma contra-revolução, “A elite intelectual e os sindicalistas protestavam, além de estudantes secundaristas. Mas uma parte da juventude curtia o momento de outra maneira, ouvindo Jovem Guarda, frequentando a Rua Augusta. E outra parcela estava envolvida com a direita”. Os intensos ocorridos da época, presenciados por Miranda, ficaram guardados até hoje em suas lembranças “Lembro como se fosse hoje do conflito entre alunos da USP e do Mackenzie, na Rua Maria Antônia, em 68. Vi arruaça, correria, gente nos prédios do Mackenzie dando tiros para baixo. Terrível”.
Assim, culminante a toda essa experiência e a seus pontos de vista, Miranda conclui a matéria: “Acredito que o compromisso com o público com caráter educativo, verdade, ética, tem de ultrapassar o lado público no País. Sou um vigoroso defensor e chato cobrador dessa perspectiva. Por outro lado, não tenho a visão de que tudo antigamente era melhor, aquela coisa saudosista. Tudo está dentro de um processo”.
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Fonte: Info 4
Fonte da Imagem: Blogspot
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