segunda-feira, 13 de agosto de 2012

Inserção profissional


Muitos jovens, ao ingressarem na faculdade, começam a sondar o mercado de trabalho e as perspectivas profissionais que o curso escolhido oferece através das experiências em estágios. Com o aumento da competição pelos talentos jovens, as empresas estão chegando às universidades cada vez mais cedo.

É claro que atuar desde cedo no mercado de trabalho ajuda muito os jovens a se inteirarem da vida profissional, mas há também alguns aspectos negativos nessa questão. De acordo com o professor da FGV-EAESP, Renato Guimarães Ferreira, entre os aspectos positivos podem ser citadas a ampliação do universo de referência do jovem – que passa, em alguns casos, até mesmo a ver mais sentido naquilo que estuda – e a possibilidade de desenvolvimento de competências importantes para o mercado de trabalho, tais como o trabalho em equipe, o trabalho sob pressão de tempo e resultados, e a resiliência.

Entre os pontos negativos, pode-se apontar três principais problemas: a falta de consideração (por parte dos alunos) por outras atividades inerentes à graduação; a disputa pela energia e tempo dos alunos e, por fim, a pressão por uma definição cada vez mais precoce na trajetória profissional da vida dos jovens. Um modo de resolver a questão, segundo Ferreira, é através de um acordo tácito entre as os alunos e a instituição. “A consolidação de espaços de diálogo contínuos entre as escolas e as empresas, entre as escolas e os alunos (eventualmente envolvendo os próprios pais) e entre as empresas e os alunos é vital. Mecanismos de apoio à reflexão e estruturas de acolhimento aos jovens crescentemente angustiados com a pressão de decidir precisam ser urgentemente fortalecidos”, completou o professor.

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