segunda-feira, 8 de outubro de 2012

A Barsa na revolução digital


Lançada no mercado brasileiro em 1964, a enciclopédia Barsa fez muito sucesso desde a geração baby boomer e até relativamente pouco tempo atrás, quando a internet não tinha entrado nos lares do país. Em seus tempos áureos, eram vendidos mais de 100 mil unidades anuais da Barsa e, atualmente, esse número não passa de 70 mil, o que ainda é considerado uma boa margem pela Editorial Planeta, grupo que comprou a enciclopédia.

Para se adaptar ao mundo digital, a publicação passou a contar com um DVD exclusivo com acesso ao site Barsa. Hoje, por meio do pagamento de uma taxa anual de R$100, o cliente pode ter atualizações mensais – atualmente, são mais de 500 clientes ativos.

Apesar das vendas não terem decaído tanto com a popularização da internet, a Barsa quer conquistar, de modo incisivo, o mercado da classe média que consome mídias gratuitas, como o site de pesquisas Wikipedia. De acordo com o coordenador adjunto do Centro de Empreendedorismo da FGV-EAESP, Marcelo Marinho Aidar, a adaptação para o online não pode demorar. “O caminho é o digital. A Barsa continuará a ter espaço dela se fizer um modelo que dialogue, tenha matérias, assuntos com fotografias, vídeos e conteúdo dinâmico. O Estadão e Folha de São Paulo, por exemplo, disponibilizam seus acervos nos sites. O caminho é de reinvenção. Se nada mudar, nem a forma de vender, é uma questão de tempo para começar uma curva descendente”, disse o professor.

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