segunda-feira, 29 de outubro de 2012
Carência dos profissionais de TI ainda é grande
A administração da saúde no Brasil sofre com a falta dos profissionais de Tecnologia da Informação. Hospitais, convênios e outras instituições ligadas à saúde têm dificuldades em modernizar a gestão e reduzir custos. Renato Sabbatini, diretor de educação e capacitação profissional da Sbis, Sociedade Brasileira de Informática em Saúde, relata que hoje faltam cerca de 20 mil profissionais desta área no ramo.
Segundo Libânia Alvarenga Paes, coordenadora do curso de especialização em Administração Hospitalar e Sistemas de Saúde, FGV-EAESP, o problema parte da premissa de que a tecnologia da informação ainda não é encarada como diferencial estratégico e competitivo no setor e concorre com outras tecnologias necessárias a um sistema de saúde, principalmente as diagnósticas. "Isso é um paradoxo: nenhum profissional de saúde trabalha sem informação", completou a coordenadora.
E esse problema não se limita ao âmbito nacional. Levando como base os Estados Unidos, por lá, faltam 50 mil profissionais com esta especialização, e uma parcela do problema pode ser direcionada à baixa formação profissional especializada. No Brasil, existem apenas dois cursos de graduação, sendo um deles o bacharelado em informática biomédica na Universidade de São Paulo, em Ribeirão Preto (este com 50 a 60 formandos anuais), e o outro da Universidade Federal do Paraná, ainda no segundo ano da primeira turma.
Um exemplo dessa escassez pode ser encontrado no Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo, que possui três vagas abertas para desenvolvedores na equipe de 55 pessoas da áreas de TI. No entanto, preenchê-las se tornou uma grande dificuldade, já que, segundo Wladinei Avanzi, gerente de TI do hospital, quem é qualificado não está disponível, ou quem quer preencher a vaga não possui a alta especialização necessária para a demanda de trabalho.
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