sexta-feira, 22 de março de 2013

Itens importados podem dobrar presença nas redes alimentícias

 A evolução do mercado brasileiro e o aumento do número de consumidores pareceu surtir efeito, não apenas para as empresas brasileiras, mas também para as grandes marcas de todo o mundo. Isso porque o consumo de produtos importados nunca foi tão grande. Nos supermercados, estima-se que de 2% a 3% das gôndolas sejam ocupadas por produtos importados, número que pode chegar a 20% com ajuda da Copa do Mundo e Olimpíadas.

 Maurício Morgado, professor da FGV-EAESP, afirma que o crescimento desse segmento poderá ser longo, já que o Brasil vive um bom momento econômico e que esses produtos caem rapidamente no gosto das pessoas."Todos os indicadores econômicos estão positivos. Não que apresentamos um crescimento gigantesco, mas não é possível ver uma restrição. É evidente que o consumidor é vidrado em uma novidade: qualquer coisa nova que aparece dentro do supermercado ele tende a experimentar", explicou Morgado.

 O destaque fica por conta das cervejas importadas, tendo em vista que o produto nacional da categoria tem sofrido sucessivas altas nos preços.

 A única barreira que pode impedir o avanço desse mercado é a taxa cambial. Embora as expectativas sejam otimistas, Morgado afirma que isso só poderia desacelerar o processo, caso as taxas cambiais cheguem níveis muito altos, algo em torno de R$3 ou R$4. "O consumidor não se tem incomodado muito com o preço, pois alguns produtos já fazem parte da sua rotina. Queijos, cervejas e outros artigos já viraram comuns, eles compram com grande frequência. O que reverterá esse quadro é uma taxa de câmbio extremamente alta, acima dos R$ 3”, afirma o professor da FGV-EAESP.

 Com esse cenário positivo e a afirmação desses produtos entre os gostos do brasileiro, a tendência é mesmo que vejamos cada vez mais produtos de outros países povoando as prateleiras nos mercados.


Nenhum comentário:

Postar um comentário