No entanto, esse problema pode não estar somente relacionado à indisponibilidade desses profissionais, mas também, nas triagens dos processos seletivos criados pelas empresas de RH. Muitos talentos estão por aí, nas empresas ou esperando uma oportunidade – o conceito deveria ser “desenvolver e criar talentos”, ao invés de caçá-los como fazem os headhunters.
João Batista Brandão, professor da FGV-EAESP, diz que o talento brasileiro está aí para ser desenvolvido e um dos problemas está na liderança e capacidade gerencial de uma empresa. “O que existe é apagão de liderança. Quantos gerentes são mais do que apenas isso, são líderes que formam subordinados, que apoiam seus funcionários, que sustentam seus processos de aprendizagem? Quantos empregados respeitam e admiram seus chefes? Por que não investir nisso?”, concluiu Brandão.
Este tema é bastante atual e vem sendo debatido em diversas comunidades em redes sociais. Concordo com o professor Brandão quando coloca a importäncia do desenvolvimento de habilidades gerenciais indispensáveis para as organizações do século XXI. Empresas precisam ter a sua estratégia bem definida. Devem oferecer aos gerentes a oportunidade de desenvolvimento e o poder para desenvolverem, também, seus subordinados. Ao ministrar cursos pelo FGV Online percebo claramente o exercício destas qualidades, especialmente quando existe o comprometimento do participante. E, no final do curso, vejo gerentes mais bem preparados e colaboradores mais qualificados.
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