sexta-feira, 24 de agosto de 2012

Jovens e o mercado de trabalho


O cenário socioeconômico do Brasil, apesar das mudanças atuais favoráveis para o mercado de trabalho, não facilitou a vida de jovens que buscam iniciar a vida profissional.

O fim da primeira década do século XXI apresenta situações bem diferentes das vistas no final do século XX, período em que o aumento da população jovem, a "onda jovem", foi encarado como um fenômeno-problema, já que seguiu uma economia em retração desde 1980, e resultou na pouca oferta de trabalho.

No período mais recente, o aumento das oportunidades no mercado de trabalho tende a crescer e sustentar-se, na próxima década, segundo analistas, o que pode ser explicado por um mercado em total expansão, que tende a suprir esses jovens.

No entanto, conseguir um trabalho não é um problema para o jovem atual. O foco agora é conseguir ser reconhecido pela sua capacidade produtiva, para ser encarado como um adulto.

Nesse contexto, a dúvida entre uma autonomia financeira e a realização pessoal e profissional toma conta do imaginário juvenil, com recorrentes questionamentos: Ganhar dinheiro ou fazer algo por prazer? Independência de decisões de consumo ou turbulências de um caminho profissional incerto?

É nessa bipolaridade que aparecem diferentes posturas, trazendo diversos estilos e preferências políticas para o mundo jovem.

No entanto, um traço único em todos os jovens está na escolha de uma carreira e de seu percurso de formação. A idealização de uma imagem em si e de uma história ou carreira a ser construída é sempre presente. Com um olhar mais alternativo, transformador ou como um profissional de sucesso, a busca é sempre para a realização do indivíduo como pessoa única e autodeterminada, agente principal do seu próprio destino.

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