segunda-feira, 22 de outubro de 2012

ONGs e transparência

Cada vez mais conhecidas, compreendidas e respeitadas pela sociedade, as ONGs (Organizações não-governamentais) têm importante função na implementação e formulação de políticas sociais-somente aqui no Brasil, são mais de 300 mil.

Um pouco distante dos motivos pelos quais realmente deveria chamar a atenção, diversas dessas organizações estão entrando em foco por conta de fatores negativos: a falta de transparência coloca em risco a imagem de algumas ONGs, que, em alguns casos, passaram a ser associadas às estruturas de corrupção. “Como a maioria das empresas no País, as ONGs não têm de divulgar informações sobre suas operações, principalmente as financeiras. Mesmo as que são respeitadíssimas por sua reconhecida atuação social pouco divulgam a respeito de suas finanças. Curioso é que o foco da discussão tem passado longe desse problema básico”, relata William Eid Júnior, professor e coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP.

De acordo com o professor, essa situação, no entanto, deve mudar. São muitos o que defendem a transparência, como a presidenta Dilma Rousseff, que quer saber se o dinheiro das ONGs está sendo bem aplicado. Um reflexo direto disso são os 19 projetos que tramitam no congresso federal, cujos textos preveem algumas maneiras de controles adicionais sobre as organizações, obrigando-as a divulgar informações. “O fundamental é que haja transparência. ONGs, assim como outras organizações cuja atuação tem impacto na sociedade, devem prestar contas a essa sociedade. A divulgação ampla dos seus atos, com destaque para os aspectos financeiros, é essencial”, finaliza Eid.

Um comentário:

  1. Infelizmente no Brasil é muito fácil criar organizações, para conseguir diversas isenções, e, 0 que é pior: não precisam prestar contas ao governo. Isso acaba gerando organizações que prejudicam àquelas que realmente faz um trabalho sério e transparente. Acredito que para cortar o mal pela raiz, as autoridades governamentais devem criar leis rígidas e exigir prestação de contas das verbas por ele -governo-, destinada à essas entidades.

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