sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Evolução na última década


A taxa de empreendedorismo no Brasil aumentou de 14,3%, em 2001, para 14,9% em 2012. No entanto, o mais interessante é observar o motivo que levou o empreendedor a iniciar o negócio; se foi por necessidade ou oportunidade.

Há 12 anos, a necessidade de um trabalho levou cerca de 45% dos novos empreendedores a iniciar um business. Em 2011, esse número caiu para 30%.

Isso pode ser um reflexo da economia mais aquecida e um aumento no índice de escolaridade do Brasil, que dá seus passos em direção ao nível dos países mais desenvolvidos. Os empregos que mais pedem mão-de-obra são para funções mais operacionais, como obras de acabamento, comércio varejista e lanchonetes. Mesmo com o aumento da proporção do empreendedorismo por oportunidade, a porcentagem de empregos gerados diminuiu de 2001 para 2011. Em 2001, a maioria dos empreendimentos (46%) agregava de um a cinco funcionários. Já em 2011 o percentual de empreendimentos com um a cinco funcionários caiu para 40%, e o de negócios que não geram emprego subiu de 19% para 40%. Tais índices podem refletir a complexidade da contratação de mão de obra no país, caracterizada pelos altos tributos, aponta Tales Andreassi, professor e coordenador do Centro de Empreendedorismo da FGV-EAESP.

Outro ponto chama bastante a atenção na pesquisa: a participação das mulheres no mercado empreendedor. Em 2001, as mulheres representavam 38% da força empreendedora. Em 2011, elas corresponderam a quase metade das pessoas que possuem um negócio próprio: 49%. Os ganhos também cresceram: em 10 anos, o lucro líquido dos empreendedores passou de três para cinco salários mínimos. “Essa melhora é outro fator que contribuiu para o aumento das atividades por oportunidade, uma vez que os indivíduos não apresentam uma urgência financeira para empreender”, completa Andreassi.

Nenhum comentário:

Postar um comentário