quarta-feira, 16 de janeiro de 2013

O custo para a abertura de capital


Os maiores obstáculos que impedem que mais empresas brasileiras abram seu capital são os custos com montagem de departamento de relação com investidores (RI), elaboração de políticas de transparência na divulgação de informações, entre outros trâmites. Assim que abrem o capital, as empresas precisam arcar com custos relacionados à operação, como despesas com os bancos de investimento e advogados.

Os valores são custeados pelos recursos arrecadados dos investidores, se a oferta for primária. Isso representa entre 0,5% e 4,0% do valor da operação. No entanto, um estudo liderado por William Eid Junior, professor da FGV-EAESP, diz que os custos de manutenção das companhias abertas são relevantes. Foram enviados questionários às empresas, questionando quais seriam os custos inerentes a uma companhia aberta, como gastos com auditoria externa, publicações, manutenção da área de RI, anuidades diversas e outros. Dentre as empresas questionadas, verificou-se que a soma desses custos representou 0,19% da receita líquida dessas empresas, sendo que a área de RI representou a despesa mais relevante: 0,12%

Esse estudo mostra que o custo para manter uma empresa com o capital aberto não é tão grande quanto se pensa. Boa parte dos gastos iniciais referem-se a princípios importantes, como o aumento da transparência. O controlador deve ter consciência que precisará arcar com essas despesas – se não puder, é sinal que a empresa ainda não está preparada.

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