quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

Para onde vão os investimentos?


Na época em que a taxa básica de juros despencou para o menor nível da história, os investidores não quiseram arriscar. No ano passado, a caderneta de poupança, a forma mais tradicional de investimento entre os brasileiros, somou mais de 49 bilhões de reais, na maior captação líquida desde 1995.

As projeções de 2013 mostram que os investidores que estão pensando em aplicar os recursos a curto prazo irão perceber que valerá mais a pena deixar o dinheiro parado na caderneta de poupança do que em fundos de aplicação como o DI (que, até a queda dos juros, apresentava alta liquidez e baixo risco). "A questão não é nem a saída do fundo DI para a caderneta, mas o aumento da renda das classes D e C. O sujeito ao mesmo tempo toma crédito e coloca dinheiro na poupança", afirma William Eid, professor da FGV-EAESP.

Como os investidores tendem as seguir os mesmos passos que lhes deram algum tipo de sucesso, o professor acredita que, neste ano, a caderneta continue sendo umas das formas de aplicação monetária preferida. Com as profundas mudanças ocorridas em 2012, o investidor ainda não se deu conta dos ganhos expressivos em outras carteiras de fundos de renda variável, como as que carregam papéis de menor liquidez. "Ao contrário do que muita gente pensava, a bolsa vai ser a última a se beneficiar do fim do juro alto", diz Eid.

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