A evolução do mercado brasileiro e o aumento do número de consumidores
pareceu surtir efeito, não apenas para as empresas brasileiras, mas também
para as grandes marcas de todo o mundo. Isso porque o consumo de produtos importados nunca foi tão grande. Nos supermercados, estima-se que de 2% a
3% das gôndolas sejam ocupadas por produtos importados, número que pode
chegar a 20% com ajuda da Copa do Mundo e Olimpíadas.
Maurício Morgado, professor da FGV-EAESP, afirma que o crescimento desse
segmento poderá ser longo, já que o Brasil vive um bom momento econômico
e que esses produtos caem rapidamente no gosto das pessoas."Todos os
indicadores econômicos estão positivos. Não que apresentamos um crescimento
gigantesco, mas não é possível ver uma restrição. É evidente que o consumidor
é vidrado em uma novidade: qualquer coisa nova que aparece dentro do
supermercado ele tende a experimentar", explicou Morgado.
O destaque fica por conta das cervejas importadas, tendo em vista que o
produto nacional da categoria tem sofrido sucessivas altas nos preços.
A única barreira que pode impedir o avanço desse mercado é a taxa cambial.
Embora as expectativas sejam otimistas, Morgado afirma que isso só poderia
desacelerar o processo, caso as taxas cambiais cheguem níveis muito altos, algo
em torno de R$3 ou R$4. "O consumidor não se tem incomodado muito com
o preço, pois alguns produtos já fazem parte da sua rotina. Queijos, cervejas e
outros artigos já viraram comuns, eles compram com grande frequência. O que
reverterá esse quadro é uma taxa de câmbio extremamente alta, acima dos R$
3”, afirma o professor da FGV-EAESP.
Com esse cenário positivo e a afirmação desses produtos entre os gostos do
brasileiro, a tendência é mesmo que vejamos cada vez mais produtos de outros
países povoando as prateleiras nos mercados.
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