quarta-feira, 29 de maio de 2013

Criar subgrupos pode ser solução para inovação

Um dos diferenciais apresentados por pequenas empresas geralmente é a facilidade de diálogo entre os donos e os colaboradores, muitas vezes facilitados por não haver aquela hierarquia fechada e antiga que dificulta o canal de comunicação. Esse é um dos principais motivos para o volume maior de inovação apresentado por essas empresas menores. 

Mas agora começa a chegar no Brasil um novo conceito que segue a mesma lógica, mas para ser aplicado em grandes corporações. Trata-se de subgrupos, células destacadas de tamanho inferior aos departamentos das empresas, que são escolhidas por sua capacidade de inovação. Assim, esses subgrupos - que na maioria das vezes não passa de 10, 15 pessoas - podem se dedicar integralmente a projetos de inovação, e o melhor, com um canal de comunicação aberto (e direto) com um superior, que também estará destacado exclusivamente para este projeto. 


Assim, a célula destacada ganha um quê de empresa pequena, com aporte para inovação e canal aberto para conversar com os superiores, mas sem os problemas de estrutura e de falta de recursos para investir na nova ideia. 


Mas existem pontos a serem debatidos nessa estratégia. O primeiro deles é o cuidado para não afastar demais essas células dos outros departamentos da empresa, a ponto de isolar o núcleo, criando uma microestrutura que pode acabar criando competição interna e isso vai atrapalhar a continuidade do projeto. Existe também um sentimento de falsa liberdade, que poderá causar conforto e até acomodação por parte dos membros do grupo. 

“Uma equipe pequena melhora o relacionamento entre as pessoas, mas cabe ao líder mostrar que há um objetivo importante a ser atingido. É um meio-termo muito importante", afirma Luiz Carlos Di Serio, coordenador-adjunto do Fórum de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Esse meio-termo do líder é o termômetro que indica se o projeto está funcionando ou não, e é ele quem irá decidir sobre sua continuidade.

Fonte da imagem: Corbis Imagens

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