Na última semana de abril, aconteceu a III Virada Empreendedora, que, pela primeira vez, foi situada no campus da FGV-EAESP. Com recorde de público, foram 24 horas de palestras, workshops, exposições e feiras voltadas para empreendedores.
O interessante é perceber o quanto as coisas mudaram nos últimos 10 ou 15 anos a respeito desse tema. Antes, o empreendedor brasileiro era a pessoa que não tinha conseguido um emprego decente e, por isso, teve que abrir um bar de esquina ou uma confeitaria em casa. Hoje, a figura é outra. Alunos já entram nas universidades sonhando em serem os próximos Mark Zuckerberg. É possível que esses sonhos se tornem realidade, mas é necessário relembrar do que disse Jack Dorsey, fundador do Twitter, quando esteva na EAESP para uma palestra: o jogo é duro e exige preparo técnico do empreendedor.
Empreender não significa, necessariamente, conseguir um milhão de reais nos primeiros meses, nem fundar uma empresa com 50 funcionários. O importante é voltar a um conceito antigo: por que abrir um bar de esquina não pode ser um negócio lucrativo? Se for realmente isso que o empreendedor quer e souber como fazer, o negócio pode funcionar muito bem para ele.
O professor da FGV-EAESP, Tales Andreassi, afirma, em texto próprio, que o empreendedor não pode querer entrar nesse mundo porque está na moda e todos estão tentando isso. A pessoa precisa querer empreender para satisfazer uma real necessidade sua, identificando uma oportunidade clara e mostrando um diferencial significativo para o mercado.
Fonte da imagem: Corbis Images
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