Cada vez mais, as empresas multinacionais procuram seu espaço no Brasil.
Com o mercado nacional em plena expansão e a ascensão das classes mais
pobres, as marcas estrangeiras tentam fugir das crises internacionais que
reduzem o ritmo de compra dos consumidores nos Estados Unidos e na Europa.
O professor Edgard Barki, coordenador do curso “Varejo para Baixa Renda”
e do Mestrado Profissional em Gestão Internacional, ambos ministrados pela
FGV-EAESP, afirma que as multinacionais procuram o Brasil para aprender
mais sobre o público de baixa renda, visto que no país existe uma quantidade
considerável de pessoas das classes E e D, um mercado ainda pouco explorado
da maneira correta. “As grandes empresas multinacionais ainda têm muito
pouco conhecimento para desenvolver estratégias para esses mercados”,
afirmou o professor. E como não há nada melhor do que conhecer na prática,
essas empresas estão cravando seus pés no Brasil.
Barki destaca, ainda, que as empresas precisam mudar seus conceitos para
atingir o consumidor com mais eficiência. “É preciso entender que para uma
mentalidade de baixa renda, é preciso respeitar alguns valores. É preciso inovar
em alguns canais. As empresas precisam ir até as comunidades e criar um
relacionamento diferenciado para poder vender mais”, destaca.
Além disso, a comunicação convencional ainda é uma boa opção: “A TV
continua sendo inegavelmente forte, mas o boca a boca é extremamente
relevante. Não existe um manual. Só é preciso saber que quando se faz uma
comunicação a essa classe ela é muito mais alegre e colorida, muito mais
espalhafatosa”, concluiu o professor.
Fonte imagem: http://www.freegreatpicture.com/still-life-photo/still-life-30601
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