quarta-feira, 5 de junho de 2013

Aprenda a ler o ambiente

Com a chegada de um novato à empresa, pouca coisa muda em termos de processos e entregas, mas toda essa dinâmica é muito nova e diferente para quem chega, principalmente àqueles que possuem pouca ou nenhuma experiência. Os profissionais de RH são categóricos ao afirmar que o principal problema da nova geração de profissionais está em analisar e entender como funciona o código de ética das empresas. Não é um absurdo, uma vez que o novo profissional está acostumado com a relação entre amigos e colegas de sala, ou no máximo pais e professores, com quem existe uma relação mais aberta. Lidar com gestores, coordenadores e chefes pode não ser tão simples.

Algumas atitudes dizem muito a respeito de você e é preciso estar ciente que os gestores, na maioria das vezes, conseguem fazer esse tipo de leitura com certa facilidade. Quando surgir alguma dúvida, não hesite em perguntar, ninguém é obrigado a saber e sanar a dúvida pode gerar um resultado menos constrangedor do que arriscar fazer errado. 

Existe, nos iniciantes, uma tendência a tentar imitar o comportamento de outros funcionários quando surge a insegurança, mas isso não é sadio para a carreira. “Isso pode inibir o seu desempenho, pois tolhe a própria sensibilidade. Para saber como agir, é preciso ter um distanciamento das situações e se esforçar para analisar as posições de outras pessoas”, afirma Tiago Matheus, psicanalista e professor da Fundação Getulio Vargas de São Paulo

Analisar as posições de outras pessoas não tem nada a ver com imitar comportamento, mas sim separar atitudes negativas de positivas e perceber quais delas podem ser saudáveis para o seu futuro na empresa. O mais importante é ter tato e saber quando falar e o que falar. Mas mais importante, fale e seja você. Ser omisso também não é bom negócio.

Fonte da imagem: Corbis Imagens

terça-feira, 4 de junho de 2013

Chances no vestibular de inverno


As férias de meio de ano são uma pausa no momento de dedicação a educação, mas apenas para aqueles que já passaram no vestibular. O meio do ano é um período chave para algumas pessoas que não conseguiram ingressar na universidade durante o vestibular no começo do ano. Entre outras vantagens, fazer vestibular no meio do ano tem menos concorrência, pois o candidato não vai concorrer contra aqueles que estão em maratona de estudos para o vestibular e para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). 


Durante o chamado vestibular de inverno, serão 57 mil vagas para os aspirantes a universitários buscarem o seu lugar ao sol nas faculdades. Apenas as melhores universidades paulistas que abriram vestibular foram consideradas, aquelas que obtiveram nota igual ou superior a 3 no Índice Geral de Cursos (IGC), o índice máximo vai até 5. 

Das instituições que abriram vestibular de inverno, apenas duas delas possuem nota máxima no IGC, sendo uma delas a FGV-EAESP. Embora neste vestibular a concorrência seja menor, ainda levam vantagem os vestibulandos que estudaram desde o começo do ano.

Fonte da imagem: Corbis Imagens

sexta-feira, 31 de maio de 2013

Medo da inflação diminui procura por produtos de alto valor


Apesar do poder de compra do brasileiro estar bom, a inflação atingiu o país e o preço da refeição fora de casa aumentou 9,5% no ano passado, segundo dados do IBGE. Devido ao aumento, o consumidor tem se prevenido de fazer extravagâncias desnecessárias na hora de comer fora, por exemplo. Com essa leve queda na intenção de consumo dos compradores, os estabelecimentos tiveram que tomar uma iniciativa para não deixar as vendas caírem. 

Foi o que aconteceu visivelmente com as redes de cafeteria. Esse é um tipo de negócio que vende um produto considerado Premium por seu alto valor agregado e preço, e que precisa concorrer contra padarias e contra o cafezinho caseiro, que, por um lado, não oferecem o conforto e não possuem o mesmo valor agregado. “Isso cria um dilema para o posicionamento das marcas. Elas se veem obrigadas a concorrer com padarias que se sofisticaram nos últimos anos, mas que não têm um ambiente tão aconchegante”, afirma o professor Juracy Parente, professor da FGV-EAESP

Com a queda no poder de compra do brasileiro causado pelo temor da inflação, esse é um produto que rapidamente sai da lista de prioridade dos consumidores. A solução encontrada foi oferecer combos pré-definidos, com o benefício do desconto. Além de garantir que as vendas continuem boas, esse tipo de estratégia permite que a marca aumente o ticket médio das lojas, trabalha a venda de produtos específicos e facilita a escolha do cliente, além de induzir o cliente a compra.

Fonte imagem: Corbis Imagens

quarta-feira, 29 de maio de 2013

Criar subgrupos pode ser solução para inovação

Um dos diferenciais apresentados por pequenas empresas geralmente é a facilidade de diálogo entre os donos e os colaboradores, muitas vezes facilitados por não haver aquela hierarquia fechada e antiga que dificulta o canal de comunicação. Esse é um dos principais motivos para o volume maior de inovação apresentado por essas empresas menores. 

Mas agora começa a chegar no Brasil um novo conceito que segue a mesma lógica, mas para ser aplicado em grandes corporações. Trata-se de subgrupos, células destacadas de tamanho inferior aos departamentos das empresas, que são escolhidas por sua capacidade de inovação. Assim, esses subgrupos - que na maioria das vezes não passa de 10, 15 pessoas - podem se dedicar integralmente a projetos de inovação, e o melhor, com um canal de comunicação aberto (e direto) com um superior, que também estará destacado exclusivamente para este projeto. 


Assim, a célula destacada ganha um quê de empresa pequena, com aporte para inovação e canal aberto para conversar com os superiores, mas sem os problemas de estrutura e de falta de recursos para investir na nova ideia. 


Mas existem pontos a serem debatidos nessa estratégia. O primeiro deles é o cuidado para não afastar demais essas células dos outros departamentos da empresa, a ponto de isolar o núcleo, criando uma microestrutura que pode acabar criando competição interna e isso vai atrapalhar a continuidade do projeto. Existe também um sentimento de falsa liberdade, que poderá causar conforto e até acomodação por parte dos membros do grupo. 

“Uma equipe pequena melhora o relacionamento entre as pessoas, mas cabe ao líder mostrar que há um objetivo importante a ser atingido. É um meio-termo muito importante", afirma Luiz Carlos Di Serio, coordenador-adjunto do Fórum de Inovação da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). Esse meio-termo do líder é o termômetro que indica se o projeto está funcionando ou não, e é ele quem irá decidir sobre sua continuidade.

Fonte da imagem: Corbis Imagens

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A importância das universidades brasileiras


Com a iminente aproximação da Copa do Mundo e posteriormente das Olimpíadas, o foco das mídias para esses eventos é quase integral; pelo menos, da mídia brasileira. Enquanto os veículos brasileiros insistem em “esquecer” de abordar temas mais abrangentes, a Forbes americana publicou uma matéria, no último dia 10, destacando a importância das universidades brasileiras para o século XXI em todo o mundo. 

A publicação foi escrita por um empresário americano que atualmente reside no Brasil, mais especificamente em São Paulo. Ele inclusive chega a citar em seu texto a cegueira brasileira acerca de temas que não estejam conectados à Copa e Olimpíada e sobre o desconhecimento de grande parte da população da importância - e qualidade - das instituições de ensino brasileiras. O texto destaca o papel das universidades no recente e crescente sucesso nacional, por meio da educação, formação de lideranças e inovação tecnológica. 

Segundo o autor, o que comprova essa tese é a constante presença de universidades estrangeiras no país, por meio de parcerias com instituições brasileiras ou universidades que fixam escritórios no país, como é o caso da Harvard e da Universidade do Sul da Califórnia. 

Para finalizar, o autor lista algumas universidades que, segundo ele, merecem destaque por seus cursos. Elogia principalmente as escolas de negócios do país, globalmente conhecidas, como é o caso da FGV-EAESP.

Fonte da Imagem: Corbis Imagens

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Créditos podres podem ser bons negócios



Créditos podres são aquelas dívidas vencidas, que acumulam juros e são cada vez mais difíceis de abater. É nesse cenário de desespero que algumas empresas se desenvolvem, antes conhecidas como abutres, mas que agora preferem o título de recicladores de crédito. São companhias que compram dívidas vencidas e as renegociam com condições de pagamento que os bancos e as instituições financeiras geralmente não aceitam. 

É um negócio benéfico, pois credores e devedores quitam suas dívidas, ao passo que as negociadoras de crédito lucram ao pagar barato numa dívida quitada. O momento não podia ser melhor para as empresas do ramo, como afirma o professor William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da FGV-EAESP. “Os últimos anos foram fartos pela concessão de crédito e pela consequente alta da inadimplência. Mesmo com a economia se recuperando, o mercado de créditos podres tende a crescer”, afirmou Eid.

Fato que permite esse tipo de negócio é a aceitação dessas empresas por negócios que bancos recusariam sem pestanejar. Descontos estão presentes entre elas e, além deles, essas empresas costumam aceitar bens e até outras dívidas no lugar do pagamento em dinheiro. 

Fonte Imagens: Corbis Imagens

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Renovação nas escolas para atender novo mercado de trabalho

Mudanças no mercado de trabalho brasileiro levaram o país a sofrer com uma baixa na oferta por mão de obra qualificada. Isso é reflexo do bom momento vivido pelo Brasil economicamente, que gerou um crescimento desenfreado na demanda por profissionais qualificados, algo que o mercado de trabalho brasileiro não suportou. Isso é causado pela falta de capacitação dos profissionais atuantes no mercado de trabalho, reflexo de baixos investimentos que o país teve em educação.

A multiplicação descontrolada das instituições de ensino e a falta de controle da qualidade de ensino têm culpa nisso. Assim, é comum termos casos de profissionais graduados e com experiência no mercado de trabalho que não atendem às necessidades das corporações por falta de capacitação. Como dizem gestores experientes, uma faculdade fácil irá gerar um caminho difícil no mercado de trabalho.

Pensando nisso, as escolas mais tradicionais estão buscando diferenciar seus estudantes no mercado de trabalho, oferecendo grades mais elaboradas ou novos cursos que buscam atender as necessidades globais do mercado de trabalho. É o caso da FGV-EAESP, tradicional escola de negócios de São Paulo, muito conceituada no mercado de trabalho e que está apostando em interação dinâmica com o mercado de trabalho e professores atuantes nele. Identificar demandas do mercado de trabalho e ajustar a grade a essas necessidades está entre os diferenciais da EAESP.

Para Paulo Lemos, Diretor Adjunto da FGV-Management de SP, a ampliação do leque de opções para pós-graduação está diretamente ligada à demanda do mercado de trabalho. "Antes, o funcionário tinha bastante tempo para aprender com seus colegas tudo o que precisava e, muitas vezes, permanecia por décadas na mesma empresa”, explica, evidenciando que o profissional precisa se adequar às novas regras do mercado de trabalho. "Hoje, ele tende a ficar menos tempo na organização, mas tem de gerar resultados de imediato", conclui Lemos.

Fonte da imagem: Corbis Images 

segunda-feira, 20 de maio de 2013

O empreendedor precisa achar o seu espaço

Na última semana de abril, aconteceu a III Virada Empreendedora, que, pela primeira vez, foi situada no campus da FGV-EAESP. Com recorde de público, foram 24 horas de palestras, workshops, exposições e feiras voltadas para empreendedores.

O interessante é perceber o quanto as coisas mudaram nos últimos 10 ou 15 anos a respeito desse tema. Antes, o empreendedor brasileiro era a pessoa que não tinha conseguido um emprego decente e, por isso, teve que abrir um bar de esquina ou uma confeitaria em casa. Hoje, a figura é outra. Alunos já entram nas universidades sonhando em serem os próximos Mark Zuckerberg. É possível que esses sonhos se tornem realidade, mas é necessário relembrar do que disse Jack Dorsey, fundador do Twitter, quando esteva na EAESP para uma palestra: o jogo é duro e exige preparo técnico do empreendedor.

Empreender não significa, necessariamente, conseguir um milhão de reais nos primeiros meses, nem fundar uma empresa com 50 funcionários. O importante é voltar a um conceito antigo: por que abrir um bar de esquina não pode ser um negócio lucrativo? Se for realmente isso que o empreendedor quer e souber como fazer, o negócio pode funcionar muito bem para ele.

O professor da FGV-EAESP, Tales Andreassi, afirma, em texto próprio, que o empreendedor não pode querer entrar nesse mundo porque está na moda e todos estão tentando isso. A pessoa precisa querer empreender para satisfazer uma real necessidade sua, identificando uma oportunidade clara e mostrando um diferencial significativo para o mercado.

Fonte da imagem: Corbis Image



sexta-feira, 17 de maio de 2013

Universidades empresariais para formação de líderes

Quando um profissional precisa de emprego, ele procura mostrar seus conhecimentos e experiências anteriores como fator chave para chamar a atenção da pessoa que está aplicando o processo seletivo. Isso porque conhecimento e experiência são pré-requisitos para se ter, e manter, um valor de mercado e também a qualidade do trabalho. Pensando nisso, as grandes corporações começam a investir tempo e dinheiro em desenvolvimento de pessoas, através de um conceito relativamente novo, chamado Escolas Empresariais. Essas escolas são iniciativas da própria empresa, visando capacitação profissional e desenvolvimento de liderança que não podem ser inseridos no dia-a-dia da corporação. A intenção é atualizar os conhecimentos do colaborador e, ao mesmo tempo, inserir novos temas aos seus conhecimentos.

Uma delas é a Universidade Whirlpool, lançada pelas marcas Brastemp, Consul e KitchenAid, que atende desde os responsáveis pela fabricação de eletrodomésticos, até diretores de diversos setores dessas companhias, por todo o Brasil. Esse processo de capacitação é um investimento em pessoas, que busca a qualificação de pessoal acima do lucro.

A Universidade Whirlpool conta com quatro módulos distintos para atender os diferentes perfis de profissionais que chegam até lá. São eles: Academia Whirlpool, voltados para a cultura da companhia; Academia de Liderança, para gerentes e gestores; Academia de Negócios, com competências ligadas ao negócio e visão estratégica; e Academia Funcional, ligada ao desenvolvimento da própria Whirlpool. Para o desenvolvimento do programa, a Universidade Whirlpool contou com uma consultoria da FGV-EAESP.

Fonte da imagem: Corbis Images 

quarta-feira, 15 de maio de 2013

Curso de Administração atualiza sua grade

As grandes entidades de ensino procuram estar atentas às mudanças de mercado. Para isso, uma atualização da grade curricular do curso se faz necessária, não apenas por esforço das entidades em manter a qualidade de ensino, mas também por demanda dos próprios alunos, que buscam cada vez mais a qualidade do ensino e matérias mais práticas.

Foi o que aconteceu com um dos cursos mais tradicionais de São Paulo, de Administração de Empresas da FGV-EAESP, praticamente um símbolo da Fundação, que para se adequar ao estilo do mercado atual, procurou ampliar os horizontes do ensino. Para adequar seus alunos aos diversos ambientes de trabalho que existem, a GV apostou em duas frentes principais: o intercâmbio com instituições estrangeiras parceiras e projetos sociais. No primeiro caso, a Fundação conta com parceria com mais de 80 escolas pelo mundo e diversos direcionamentos diferentes para o intercâmbio. Já em projetos sociais, a FGV-EAESP possui uma disciplina eletiva chamada Negócios de Impacto Social (NIS) que consiste em um grupo de alunos da instituição desenvolvendo projetos para a comunidade carente do Heliópolis, uma favela na zona sul de São Paulo. Com isso, alunos ganham experiência e as próprias instituições ganham com a formação de bons profissionais.

Fonte da imagem: Corbis Images 

segunda-feira, 13 de maio de 2013

Jovens de sucesso

A tecnologia proporciona muitas possibilidades de negócios, por seu caráter facilitador e sua acessibilidade. Com o uso da tecnologia, principalmente, podemos observar um fenômeno cada vez mais comum, que vem se repetindo nos últimos anos. São os casos dos jovens que, mesmo muitas vezes não tendo sequer chego à universidade, desenvolvem projetos inovadores e atingem a fortuna.

Esse fenômeno pode ser observado por um simples motivo: as crianças e adolescentes têm mais facilidade de aprender a usar tecnologias novas, e como eles têm convivido mais tempo (e cada vez mais cedo) com elas, conseguem desenvolver melhor do que os adultos essa percepção e controle.

Casos de sucesso passam nos noticiários quase diariamente. São jovens que venceram a barreira da desconfiança e fizeram projetos grandiosos, como a norte-americana Juliette Brindak, que tinha 16 anos quando criou a Miss O & Friends, uma rede social de brincadeiras para pré-adolescentes. “Um negócio com essas características faz todo o sentido”, afirma o professor da FGV-EAESP, Fernando Meirelles. “Trata-se de uma vantagem em relação às grandes empresas lideradas por adultos, que têm dificuldade de estabelecer um diálogo aberto com as novas gerações”, conclui.

No Brasil, esses casos são bem mais isolados. Muito se dá ao fato dos jovens terem pouco apresso à burocracia, um fator constante no país.

Fonte da imagem: Corbis Images 

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Desafio Brasil, uma iniciativa do GVcepe, da FGV-EAESP

Até o dia 14 de julho, empreendedores da área da tecnologia poderão se inscrever em mais uma edição do Desafio Brasil, uma iniciativa do Centro de Estudos em Private Equity e Venture Capital da FGV-EAESP (GVcepe). O projeto da FGV-EAESP tem como objetivo investir em uma base educacional empreendedora, em formação de redes de colaboração e cultura da inovação, oferecendo a chance de empreendedores interagirem entre si, ampliando seu networking com fornecedores, executivos de grandes empresas, investidores, agências públicas entre outros profissionais qualificados.


O Desafio Brasil da FGV-EAESP abre vagas para startups para participar das triagens estaduais, nacionais e internacionais. Os escolhidos terão apoio de um mentor executivo escolhido a dedo pela FGV-EAESP, além do material de apoio. A simples participação no programa da FGV-EAESP já dá direito a prêmios e benefícios únicos.

Na edição anterior, o vencedor foi Coloff. A Treebos também ganhou uma ida a Berkeley e diversos outros prêmios da FGV-EAESP. Na noite de encerramento, uma palestra de Marcelo Sales fechou com chave de ouro o projeto da FGV-EAESP.

Fonte da imagem: Corbis Images  

quarta-feira, 8 de maio de 2013

A “Juniorização” das empresas

O mercado de trabalho é duro e firme. Muitas vezes, não dá espaço para respirar e já existe um novo concorrente com preço menor, ou um fornecedor aumentando seus preços, além da cobrança dos acionistas. As contas estão entrando no vermelho e a situação começa a ficar complicada quando alguém dá a solução: renovar o quadro de funcionários. É nessa hora que cabeças rolam e alguns funcionários mais caros dão lugares a novos colaboradores, esses mais jovens e dispostos, que fazem mais e ganham menos. A empresa ganha novos ares, fica com cara de empresa do futuro. Mas a realidade que vem depois nem sempre é esse mar de rosas. O trabalho não flui com a mesma facilidade que antes, mas pelo menos a planilha de custos está melhor. Esse processo é conhecido como “juniorização”.

O processo de contratar profissionais mais novos para ocupar funções nas empresas é necessário e benéfico para a corporação. Mas quando a “juniorização” acontece com o intuito de reduzir custos da folha de pagamento, pode-se comprometer a qualidade da gestão e a continuidade do trabalho. O grande problema é que esse processo acontece na contramão da demografia brasileira. O povo brasileiro está envelhecendo, e uma pesquisa recente realizada pela FGV-EAESP afirma que a maior parte das empresas não estão preparadas – e nem em processo de – para lidar com a inversão da pirâmide demográfica brasileira.

Quando se tem uma “juniorização” forçada na empresa, existe a quebra do processo de amadurecimento do profissional, uma diminuição da cultura presente. Quando isso acontece em massa, de forma mal planejada, existe um entendimento de que a empresa está, na verdade, inibindo o amadurecimento. E isso, sim, é algo perigoso.

Fonte da imagem: Corbis Images  

segunda-feira, 6 de maio de 2013

Crédito Universitário

O sonho de ter um diploma nem sempre é algo fácil de alcançar. É preciso dedicação, estudo, vontade de vencer e, caso o aspirante a universitário não tenha conseguido uma vaga em uma instituição pública, pagar a mensalidade. Esse é um dos fatores mais críticos para o jovem brasileiro, ainda mais tendo em vista o elevado valor da mensalidade nas instituições particulares mais tradicionais. A saída pode ser os créditos estudantis, que vão se popularizando a cada dia e ganhando novas condições e facilidades de pagamento. Hoje, mais de 800 mil estudantes brasileiros recorrem a financiamentos estudantis para chegar a universidade.

Tudo começou com o programa chamado Financiamento Estudantil (Fies), para atender famílias com renda até 20 salários mínimos. Só o Fies já investiu R$12,6 bilhões em empréstimos feitos a estudantes que desejavam se formar, com juros baixos que chegam a 0,28% ao mês.

Como o número de aspirantes tem subido consideravelmente, a iniciativa privada decidiu apostar em crédito estudantil também. Bancos como Itaú e HSBC já oferecem planos de crédito para universidades. Na maioria dos planos, o banco divide a mensalidade com o aluno, fazendo a transferência do valor diretamente para a universidade. Nesse caso, é necessário apresentar um fiador que tenha uma renda pelo menos duas vezes superior ao valor da mensalidade, em caso do aluno ter renda própria, esse valor pode ser incorporado a renda do fiador.

Crédito na própria universidade

Recorrer a própria universidade pode ser uma boa opção. A Fundação Getulio Vargas possui um plano de financiamento que atende de 20% a 100% da mensalidade. O valor deve ser devolvido a partir do quinto ano depois do início do curso. O índice chegou a 7,8%, no ano passado, e cerca de 20% dos alunos são atendidos por esse sistema. Mas William Eid, coordenador do Centro de Estudos em Finanças da própria GV afirma que os estudantes precisam tomar cuidado com outras dívidas a longo prazo que ele venha assumir, junto com o crédito estudantil. “Para quem está começando a vida, fica mais difícil arrumar um bom emprego com o nome sujo no cadastro dos inadimplentes”, afirma Eid.

Fonte da imagem: Corbis Images 

sexta-feira, 3 de maio de 2013

Investir no ecologicamente correto está em alta

Com a ascensão da classe C, também chamada de nova classe média brasileira, o poder de compra do brasileiro aumentou e o foco das empresas se voltou para esse público. Com isso, novas práticas de compra foram sendo percebidas. Entre elas, está o apreço por produtos sustentáveis, ou ecologicamente corretos, impulsionado pelos crescentes movimentos ambientalistas. "Mais de 40 milhões de brasileiros ascenderam à classe C, e dados de uma pesquisa mostram indicadores surpreendentes de consumo superiores às demais classes sociais e com exigências de produtos e qualidade, além de mudanças no mercado de varejo, indicando, inclusive, a predileção por produtos sustentáveis", afirma Onófrio Notarnicola Filho, consultor e professor da FGV-EAESP, nas disciplinas de Novos Modelos de Empresas e Administração.



"Os diversos movimentos desses novos consumidores criaram novos marcos para o desenvolvimento sustentável e surgimento de novos produtos e/ou serviços, além da reformulação e uso da inovação dos setores já existentes da nossa velha economia”, afirma o professor. Ele considera o caminho trilhado pelo consumidor brasileiro como irreversível e vê com bons olhos a evolução desse mercado, apesar de afirmar que algumas empresas ainda precisam evoluir. “Hoje, os integrantes da classe C são mais educados e conectados na internet e participam constantemente das redes sociais com as suas críticas e sugestões de melhorias em todos os setores da nossa economia. Com as suas exigências por produtos mais saudáveis, atualmente o consumo do brasileiro é mais responsável e sustentável do que o exercido pelas antigas gerações", disse Filho.

O cliente busca produtos mais saudáveis e que tenham apego sustentável, e pressiona os fabricantes e comerciantes para ter esses produtos, buscando selos de qualidade em sustentabilidade. O professor da FGV–EAESP estima que os negócios sustentáveis crescerão a uma média de 10% ao ano. No caso do setor de alimentos, por exemplo, a expectativa sobe para 20%.

Fonte da imagem: Corbis Images 

quarta-feira, 1 de maio de 2013

Empreendedorismo nas universidades e escolas

Empreender não significa apenas abrir seu próprio negócio, vai muito além disso. Significa ter uma ideia, acreditar nela e batalhar para que ela aconteça, planejando os passos necessários até o êxito e calculando o que será necessário para obter o resultado esperado. É o famoso “fazer acontecer.”

Pensando nisso, o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) criou um convênio com 14 universidades do Brasil, entre elas a FGV-EAESP, para oferecer aos alunos uma educação voltada ao empreendedorismo. Durante esse convênio, a proposta é estimular o conhecimento de outras áreas, para promover o empreendedorismo entre os alunos. A intenção é abordar esse tema por quatro iniciativas: criação de uma disciplina de empreendedorismo nas grandes universidades; utilização de uma ferramenta virtual chamada BizGame Campus; estímulo à pesquisas na área de empreendedorismo; e licenciamento do uso da metodologia Sebrae de capacitação empresarial.

A ideia é que as instituições credenciadas no convênio escolham quais dessas iniciativas serão utilizadas em sua grade de ensino com seus alunos. No caso do BizGame, por exemplo, o professor cria um jogo virtual para que seus alunos simulem uma situação empresarial real e tomem as decisões partindo dos conhecimentos adquiridos em aula.

Fonte da imagem: Corbis Images 

segunda-feira, 29 de abril de 2013

E-commerce deve oferecer experiência positiva ao cliente

Hoje em dia, parece que a internet vai transformar todas as boas ideias em pilhas de dinheiro, mas a realidade não é bem assim. Por mais que as capas de revistas de negócios mostrem, dezenas de pessoas que ficaram milionárias da noite pro dia com seus e-commerces, na verdade uma grande parte das pessoas que investem nesse negócio não consegue chegar a grandes números e correm o risco de estagnar em um faturamento inferior a R$5.000 por mês.

Ter uma loja virtual e colocar a maior variedade de produtos com preços competitivos não é o bastante para se destacar entre os milhares de sites que existem. Para isso, é fundamental que o site ofereça uma experiência positiva para o usuário que estiver navegando por ele, como relacionar produtos de uma maneira eficiente e usar o poder de opinião de pessoas que já adquiriram produtos do seu site (como um mecanismo que mostra os produtos comprados pela pessoa que navegou por aquela página).

 Evitar problemas nas entregas, como atraso ou produtos com defeito, ajuda a construir uma imagem de qualidade para o negócio. Por isso, é fundamental investir e cuidar muito bem do departamento de logística e do centro de distribuição de seu site.

O professor Tales Andreassi, da Escola de Administração de Empresas de São Paulo da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) afirma, em texto próprio, que um bom e-commerce necessita gerar boa experiência, agradar o usuário e oferecer informações sobre o produto. E ainda mais importante que tudo isso, é ser bem atendido, caso haja necessidade, ter desconto e receber o pedido dentro do prazo de entrega, sem problemas de desvio, troca ou danificação. De maneira geral, o consumidor precisa perceber que a compra valeu a pena e que pode novamente adquirir mais produtos naquele site.

sexta-feira, 26 de abril de 2013

Apostando em uma vertente diferente do mercado

Camila Fortes teve uma ideia quando percebeu a dificuldade que ela tinha em encontrar alimentos que combinassem saúde e sabor agradável. Isso a levou a estudar esse mercado, e com um pouco mais de bagagem e um plano de negócios bem elaborado, inaugurou sua fábrica de alimentos orgânicos, a Monama. A empresa já faturou R$4,2 milhões no ano passado e Camila estima alcançar a marca de R$7,5 mi este ano.

A Monama inicou vendendo pela internet, mas o retorno foi abaixo do esperado. A solução foi vender para redes de varejo, o que acabou por alavancar o lucro, tanto que as redes de varejistas representam 98% do faturamento da empresa.

A ideia da empresária é atingir o maior número possível de clientes com os produtos, por isso o preço não é elitizado. Pensamento que é compartilhado pelo coordenador do Centro de Estudo em Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP, Tales Andreassi: "As pessoas até aceitam pagar um pouco mais caro, mas existe um limite. É preciso tomar um certo cuidado e focar em processos para não encarecer muito o produto”, afirma o professor.



quarta-feira, 24 de abril de 2013

Jovens têm mais chances no mercado de trabalho

O mercado de trabalho está mudando nos últimos anos. Isso porque temos mais jovens credenciados a assumir cargos gerenciais do que antigamente, e também a população está envelhecendo. Com isso, a lógica do mercado de trabalho como conhecemos começa a mudar, e temos chefes jovens passando instruções para empregados mais velhos. Um estudo realizado pela FGV-EAESP constatou que os jovens enfrentam menos barreiras nos processos seletivos do que os profissionais mais velhos, mesmo que estes possuam muito mais experiência no mercado de trabalho. Isso acontece muito mais por preconceito por parte do mercado de trabalho do que por demérito dos profissionais mais velhos ou capacidade dos jovens. Existem alguns pré-conceitos formados acerca dos mais velhos que se espalham por diversas empresas e impregnam o mercado de trabalho, como a crença de que os mais velhos são acomodados, menos flexíveis e têm problemas em aceitar liderança de pessoas mais novas que eles.

Por outro lado, o mercado de trabalho, quase como um todo, crê que os jovens são mais adaptáveis, possuem maior familiaridade com a tecnologia e são mais criativos.

Essas crendices são quase regras em todo o mercado de trabalho. Mesmo que na teoria as empresas reconheçam o valor do profissional mais velho, como já citamos aqui no blog da EAESP, (http://fgv-eaesp.blogspot.com.br/2013/04/a-importancia-de-olhar- para-os.html), isso não vem se repetindo na prática. Mas essa realidade do mercado de trabalho deve mudar em breve, quando as empresas não terão opção senão incorporar profissionais mais experientes em seu corpo, e, assim, o mercado de trabalho ficará mais equilibrado entre experiência e criatividade, algo que já deveria estar acontecendo a muito mais tempo em várias vertentes do mercado de trabalho.



segunda-feira, 22 de abril de 2013

Pequenas empresas abrem portas investindo pouco

Há muito tempo, o pequeno e microempreendedor tem seu lugar ao sol no Brasil. Mas agora, mais do que nunca, essas pequenas empresas estão ganhando mercado e com cada vez menos investimento. Isso acontece porque a tecnologia reduz a burocracia, as barreiras e aumenta o poder de divulgação dessas empresas, além de permitir testar, pesquisar e expandir um negócio sem precisar investir alto para isso.

Alguns setores possuem maior atratividade para os microempresários do que outros, casos como o da internet, que é muito imediatista, tanto no feedback quanto nos resultados, e é possível adaptar-se rapidamente conforme a empresa saia do curso esperado pelo público, diferente de outros setores mais tradicionais, nos quais os empreendedores precisam lidar com competição acirrada, investimento e planejamento. "Os negócios tradicionais só terão viabilidade se forem planejados e lidarem bem com a gestão, como a questão de prazos e o capital de giro", afirma o professor da FGV-EAESP, Gilberto Sarfati.

 Por esses motivos é cada vez mais comum ver jovens migrando das empresas e tentando abrir suas próprias companhias, ou startups, como são chamadas as empresas iniciantes da área de tecnologia. Por ser uma área muito nova e com muito espaço para criatividade, esses jovens encontram brechas de mercado que podem ser aproveitadas com pouco dinheiro, uma equipe familiar e muita força de vontade.

É o mercado do futuro chegando ao Brasil, onde investimento em dinheiro não é mais importante do que inovação e dedicação.

sexta-feira, 19 de abril de 2013

Moradores se unem para resolver problemas da cidade

Em muitos lugares do Brasil, é comum ver moradores se reunirem em associações de bairros para discutir sobre como melhorar a vivência na região. Cansados de esperar pela ajuda do governo, que muitas vezes acaba nunca vindo, eles decidem pôr a mão na massa e tomar as rédeas dos próprios problemas. O caso mais comum, que você mesmo já pode ter vivido ou presenciado, é a contratação de um vigia particular para melhorar a segurança da sua região.

 Em Porto Alegre, moradores colaram adesivos junto aos pontos de ônibus para informar as pessoas sobre quais linhas de ônibus passavam naquele ponto. Em Santos, litoral paulista, pessoas fizeram um mutirão para construir conjuntos habitacionais; em Colombo, próximo a Curitiba, um comerciante instalou um radar falso em uma movimentada avenida, onde os motoristas costumavam a correr muito, causando acidentes; Em Vicente Pires, Distrito Federal, os moradores construíram um ponto de ônibus para evitar ficarem a mercê de chuva e sol fortes. Esses são alguns exemplos de trabalho comunitário e coletivo em prol da cidade, feito sem nenhuma ajuda dos governantes.

Apesar do benefício trazido por essas ações, o professor da FGV-EAESP, Francisco Fonseca, alerta sobre os riscos de fazer esse tipo de trabalho com as próprias mãos, e exemplifica se, por exemplo, por algum descuido ou mero acaso, o ponto de ônibus desabasse e machucando alguém. “"Aquele que foi prejudicado cobra a quem? Você não tem juridicamente a quem recorrer", afirma Fonseca, especialista em Administração Pública. Para ele, existem maneiras de resolver os problemas cobrando as autoridades locais. "O Estado brasileiro contemporâneo tem meios para os cidadãos se organizarem e encaminharem de uma maneira política e coletiva as suas demandas", afirma.

O Ministério Público pode ser acionado caso seus pedidos a órgãos públicos não tenham sido atendidos. É a maneira correta da população pressionar as autoridades a fazer o que é seu dever, por mais difícil que seja isso na prática. 




quarta-feira, 17 de abril de 2013

Jargões da vida corporativa

Trabalhar em empresas significa ter contato com diferentes tipos e grupos de pessoas, de diversas áreas, que têm diferentes histórias de vida e trajetórias profissionais. E isso reflete muito não apenas no comportamento, mas também - principalmente - na linguagem. Isso porque o linguajar corporativo é muito particular, tanto que varia muito de uma área para outra e até mesmo entre empresas. Preocupações nesse sentido ocorrem principalmente entre os novatos, que não estão familiarizados com os termos particulares, siglas e jargões.

 Muitos termos derivam do inglês, como “ROI”, que significa Return On Investment (em português: Retorno Sobre Investimento), que no mercado financeiro é utilizado para definir quanto uma pessoa está ganhando em relação a quantia investida. Outros exemplos são “sprint” e “scrum”, linguagem própria da área de TI. Esse segmento, inclusive, é famoso por seus milhares de códigos e termos quase indecifráveis. "A conversa entre duas pessoas da área da TI é ininteligível para quem é de fora. É hermético de propósito", diz Tales Andreassi, professor da FGV-EAESP. Para ele, essa linguagem corporativa tem como principal justificativa a criação de identidade tal qual proteção de conhecimento, algo semelhante às gírias criadas pelos adolescentes. "Eles [adolescentes] não sabem por que inventam gírias, mas é para buscar identidade, e isso é importante. Quem não usa [novos termos] quer ser enxergado como pessoa culta ou tem medo de ser visto como ignorante, mas é melhor se acostumar”, afirma o professor Andreassi.

Os jargões corporativos existem há muito tempo, mas tem ganhado força depois da globalização e internacionalização do acesso a informação em tempo real. Com isso, as pessoas passaram a se relacionar muito mais com pessoas de outros países. Para melhorar essa comunicação, termos em inglês foram surgindo e aos poucos foram incorporados ao dia-dia. Hoje, existe um verdadeiro enxame de termos e jargões. E como disse Andreassi, é bom se acostumar, pois eles dificilmente deixarão de existir. 



segunda-feira, 15 de abril de 2013

Carga tributária sobre importados vai parar no bolso do consumidor

Imposto no Brasil é sempre um assunto complexo. Com uma das maiores cargas tributárias do mundo, o Brasil arrecada bilhões de reais com os contribuintes. Mas o problema da política de tributos sobre consumo é o caráter regressivo, como aconteceu agora, quando o Supremo Tribunal Federal (STF) considerou inconstitucional a decisão de introduzir cobrança de PIS e Cofins sobre as importações, isso devido à inclusão do ICMS na base de cálculos dos impostos incidentes sobre as importações, inclusão esta que gerou diversas ações nos tribunais de justiça.

 Com isso, quem vai pagar alto é o consumidor final, pois, como todos sabem, os impostos são pagos pelos consumidores, uma vez que vendedores e prestadores de serviço incluem os valores do tributo no preço passado ao consumidor. Fernando Zilveti, professor da FGV-EAESP, comenta, em texto próprio, que quem comanda os preços não são os tributos, e sim o mercado econômico. Sendo assim, os preços que chegam ao consumidor final não irão cair porque o imposto caiu; significa que os importadores lucrarão mais. A queda nos impostos podem chegar a 3%, e a previsão é que isso gere uma nova enxurrada de demandas judiciais por parte dos contribuintes que se sentirem lesados com o imposto indevido que foi cobrado.

O fisco perderá mais receita, deixando de arrecadar milhões de reais aos cofres públicos, sem contar o excesso de demanda no judiciário, que já são sobrecarregados. Resta saber se o STF vai manter a decisão, e caso venha a manter, como o executivo irá reverter esse quadro.

 Fonte imagem: http://www.sxc.hu/photo/452697


sexta-feira, 12 de abril de 2013

O bom momento do mercado de luxo brasileiro

Os últimos anos mudaram o cenário do mercado brasileiro de consumo. As pessoas subiram de classe social, experimentaram maior estabilidade financeira e possibilidade de adquirir produtos e serviços que antes eram intangíveis. É esse cenário que as marcas de luxo encontram no Brasil atualmente. O varejo de luxo brasileiro tem se tornado a menina dos olhos das marcas internacionais, principalmente na cidade de São Paulo, que possui 70% desse mercado. A estimativa é que o número de consumidores no Brasil chegue a 12 milhões.

Com isso, as marcas têm atingido seus públicos com mais facilidade. Estes são algumas conclusões do seminário “Mercado de luxo e o varejo brasileiro”, realizado pelo Centro de Excelência em Varejo da Escola de Administração de Empresas da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP). No encontro, palestrantes apresentaram números e estudos desse mercado, tal como o perfil dos consumidores desse segmento e as principais marcas que desembarcam no país. Para Maria Cecília Coutinho de Arruda, economista e professora da FGV-EAESP, as perspectivas para esse mercado de luxo ainda são positivas e tendem a crescer ainda mais, mas as informações desse mercado ainda são dispersas, pouco precisas e diferem muito entre si.

 Isso tudo ainda é um reflexo da recente democratização do luxo no país, e esses estudos e números tendem a melhorar com o tempo e com a maior fixação do mercado.

 Fonte imagem: http://www.sxc.hu/photo/738110



quarta-feira, 10 de abril de 2013

Professor da FGV-EAESP comenta sobre o mercado de baixa renda no Brasil

Cada vez mais, as empresas multinacionais procuram seu espaço no Brasil. Com o mercado nacional em plena expansão e a ascensão das classes mais pobres, as marcas estrangeiras tentam fugir das crises internacionais que reduzem o ritmo de compra dos consumidores nos Estados Unidos e na Europa.

 O professor Edgard Barki, coordenador do curso “Varejo para Baixa Renda” e do Mestrado Profissional em Gestão Internacional, ambos ministrados pela FGV-EAESP, afirma que as multinacionais procuram o Brasil para aprender mais sobre o público de baixa renda, visto que no país existe uma quantidade considerável de pessoas das classes E e D, um mercado ainda pouco explorado da maneira correta. “As grandes empresas multinacionais ainda têm muito pouco conhecimento para desenvolver estratégias para esses mercados”, afirmou o professor. E como não há nada melhor do que conhecer na prática, essas empresas estão cravando seus pés no Brasil.

Barki destaca, ainda, que as empresas precisam mudar seus conceitos para atingir o consumidor com mais eficiência. “É preciso entender que para uma mentalidade de baixa renda, é preciso respeitar alguns valores. É preciso inovar em alguns canais. As empresas precisam ir até as comunidades e criar um relacionamento diferenciado para poder vender mais”, destaca.

Além disso, a comunicação convencional ainda é uma boa opção: “A TV continua sendo inegavelmente forte, mas o boca a boca é extremamente relevante. Não existe um manual. Só é preciso saber que quando se faz uma comunicação a essa classe ela é muito mais alegre e colorida, muito mais espalhafatosa”, concluiu o professor. 

Fonte imagem: http://www.freegreatpicture.com/still-life-photo/still-life-30601




segunda-feira, 8 de abril de 2013

Economia aquecida impulsiona empreendedores a investir em educação

A educação no Brasil sempre foi preocupante para a economia e para empreendedores do país. A mão de obra não está qualificada e faltam profissionais e empreendedores para ocupar cargos importantes na economia. “O país não vai conseguir crescer sem que haja investimentos em educação”, afirma o professor da FGV-EAESP, Marcelo Marinho Aidar. Para Aidar, é preciso investir na base da educação, para ver retorno na economia. “Para formar engenheiros, é necessário que os estudantes tenham uma boa formação fundamental”, diz. Até mesmo na formação de empreendedores, a educação tem papel fundamental para a economia.

A economia impulsiona essa busca por educação. Empreendedores têm oferecido alternativas para a educação convencional. Surgem cursos que ajudam em momentos de economia aquecida e grandes eventos esportivos, como as franquias de idioma, que caíram nas graças dos empreendedores e da economia. Outro tipo de negócio em que os empreendedores estão apostando são aulas extras, que visam aprofundar conhecimentos ou preencher lacunas deixadas pelo sistema convencional de educação. E o mais interessante é que os empreendedores estão encontrando retorno nesse tipo de negócio.

A economia brasileira depende desse investimento em educação mesmo que não aconteça como deveria por parte da política pública e ficamos a mercê de empreendedores que tenham essa visão e invistam nisso. Pelo menos, há essa opção para a economia.

 Fonte imagem: http://www.freegreatpicture.com/other/pencil-30330

sexta-feira, 5 de abril de 2013

Senso de humor é competência chave

Algumas características são consideradas diferencias quando se procura um candidato em um processo seletivo. Foco no resultado, capacidade analítica e de execução e competência para estabelecer relações estão entre elas. Porém, ultimamente, existe uma qualidade que tem se mostrado muito satisfatória e é apontada como um diferencial entre headhunters. Trata-se do senso de humor. Não estamos falando de piadismo barato, deboche agressivo, nem nada disso.

O humor é uma demonstração de inteligência emocional, ajuda a melhorar o ambiente de trabalho e aproximar relações. Trata-se de sagacidade e leitura rápida de contexto.

O professor Luiz Carlos Cabrera, da Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP), diz, em texto próprio, que senso de humor é uma competência eterna, que se desenvolve ao longo da vida do indivíduo. O bom humor significa que a pessoa está balanceada, equilibrada com sentimentos e opiniões alinhados. E mais, se a pessoa está de bom humor no ambiente de trabalho, significa que ela gosta do que está fazendo. Senso de humor funciona para facilitar relações, diminuir resistência e abre portas.



quarta-feira, 3 de abril de 2013

Índice de bem-estar brasileiro

 A Escola de Administração da Fundação Getulio Vargas (FGV-EAESP) fará um estudo, em parceria com o Movimento Mais Feliz e a rede social MyFunCity, para descobrir o Índice de Bem-Estar do povo brasileiro. O Well Being Brazil (WBB) que é coordenado pelas três instituições citadas acima, pretende fazer esse índice através de diversas etapas, para conhecer os resultados em dezembro.

 A primeira etapa para elaboração começou mês passado, em um debate interno na EAESP, para definir a modelagem estatística do questionário que será aplicado. Além disso, há um site da WBB (www.wbbindex.org/site/), no qual existe uma área específica para receber sugestões e análises do público. Numa das etapas seguintes, vai acontecer a coleta de dados, tanto virtualmente como pessoalmente.

 Esse índice pretende ir além do já existente Felicidade Interna Bruta (FIB), que calcula a riqueza das regiões com base em Produto Interno Bruto (PIB) e o Índice de Desenvolvimento Humano (IDH)."Os indicadores já existentes, como o FIB, são bons, mas nenhum deles consegue responder plenamente o que nós queremos saber: o que realmente é um fator de bem-estar para o brasileiro. E nós entendemos que só existe um caminho para isso que é perguntar ao cidadão", afirma Fabio Gallo, professor da FGV-EAESP que participa do desenvolvimento do estudo.

 Serão, ao todo, 10 indicadores, entre eles, transporte e mobilidade, profissão e dinheiro, consumo, entre outros. A iniciativa pretende impulsionar avanços tanto para iniciativa pública, como para a privada. A rede social MyFunCity será o canal para atingir o público onde ele estiver, fazendo um levantamento de dados através de pesquisas interativas.



segunda-feira, 1 de abril de 2013

Negócios Lucrativos

Crescem as oportunidades para novos negócios no Brasil. Desde 2006, o crescimento do segmento de startups tem uma média de 7,2% por ano. Em 2010, foram 617 mil novo negócios registrados. E esses números só crescem de lá pra cá. Isso acontece com muita frequência também pela entrada de muito capital estrangeiro no mercado brasileiro, impulsionado pelas crises da Europa e Estados Unidos e pelo crescimento do mercado brasileiro.

Na Campus Party 2013, evento que reúne os principais negócios online do país, foi divulgado que US$ 850 milhões foram investidos em empresas do setor de tecnologia em 2012. Em um estudo elaborado pela FGV-EAESP foi apontado que 50% do capital investido em fundos de private equity brasileiros vem de origem estrangeira.

 A tendência é crescer mais ainda esse investimento, mais uma prova que o Brasil está na mira do resto do mundo, economicamente falando.



sexta-feira, 29 de março de 2013

Desafios dos novos negócios no Brasil

Muitas pessoas sonham em empreender. Se livrar das correntes da vida empresarial, abrir o próprio negócio, obter independência, fazer aquilo que ama. Mas existem muitos obstáculos a serem vencidos por aqueles que pretendem levar esse sonho adiante. Confira aqui alguns itens que podem ajudar os novos empreendedores a vencer essas barreiras e conquistar o sonho do próprio negócio:

 Contratando mão de obra

 Em uma pesquisa feita com novos empreendedores, 63% deles afirmam que contratar colaboradores qualificados é a principal dificuldade."No atual cenário econômico, está difícil para os empreendimentos de pequeno porte competir com as grandes empresas", diz Tales Andreassi, coordenador do Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios da FGV-EAESP. Uma alternativa é oferecer benefícios, desafios e autonomia para o funcionário, além de demonstrar que as chances dele crescer na empresa existem e oferecer treinamentos e cursos.

 Calcular carga tributária e Capital de Giro

 Um problema que traz o outro. A legislação tributária brasileira é uma das mais complexas do mundo, por isso, tenha sempre em mãos o contato de um bom contador e um advogado tributarista para casos mais extremos. E não se esqueça de fazer o planejamento financeiro da marca de maneira organizada, pois é normal que no começo das operações a lucratividade não cubra os custos. Fazer o planejamento e calcular as despesas é fundamental, e ter um plano de negócios ajuda na hora de conseguir um empréstimo.

 Esses são apenas alguns dos pontos chave no processo de abertura de um novo negócio. Certifique-se que eles estão sendo bem planejados e trabalhe para manter tudo muito bem alinhado.



quarta-feira, 27 de março de 2013

Empresas focam e investem em solteiros

Os solteiros formam um grupo de 47 milhões de brasileiros (adultos) que consomem R$418 bilhões por ano. Marcelo Marinho Aidar, coordenador- adjunto do Centro de Empreendedorismo e Nonos Negócios da FGV-EAESP, diz que os solteiros exigem uma demanda alta por serviços de conveniência, como alimento semiprontos e serviços de entrega diferenciados.

As empresas estão, cada vez mais, se adaptando para oferecer serviços e produtos específicos para esse público. As melhorias nas condições de emprego e mais tempo livres também impulsionam as vendas de produtos mais sofisticados e requintados. Um jantar convencional pode se transformar numa mesa gastronômica para os amigos, e os solteiros gastam mais com viagens, estética e cuidados pessoais.

Com as melhores condições, alguns jovens acabam deixando a casa dos pais para morarem sozinhos ou até mesmo em repúblicas, o que eleva o consumo. Produtos personalizados, serviços premium e empresas com entrega a domicílio são as que mais se destacam entre esse público.